quinta-feira, 5 de julho de 2012

É O AMOR

Naiara do Carmo



Solteira há exatos cinco meses, cheguei àquela festa com a impressão de que não encontraria nada de proveitoso. Então, comecei a dançar com primos e amigos. Foi aí que um homem se aproximou e me convidou para dançar. Nada de extraordinário... Porém, de repente comecei a achá-lo um homem muito interessante, não sei bem o que aconteceu... Ele tinha um jeito de me segurar, uns braços fortes, e o perfume então?! Nossa! Dançamos várias músicas seguidas e a cada novo passo eu sentia mais vontade de dançar.

      Mas de repente começou uma briga que acabou com meu sorriso transformando-o em pranto. Meu cunhado precisou ir para o hospital com uma fratura na face e eu, às lágrimas fui acompanhá-lo. Acabou meu conto de fadas... Mas não esqueci daquele “desconhecido” em momento algum, e não entendia o porque de não conseguir esquecê-lo.

      Meu cunhado fez uma cirurgia e se recuperou muito bem. Eu voltei a minha vida normal e sempre comentava com uma amiga de trabalho o quanto o “desconhecido” dançava bem... Não conseguia parar de pensar nele.

      Até que um dia, por coincidência, ele precisou ir ao meu trabalho e nos reencontramos. Conversamos um pouco sobre os lugares que freqüentávamos e, novamente, ele se foi e nos perdemos no tempo.

      Começamos a nos encontrar, então, nas mais diversas festas. Contudo, nunca conversávamos direito por conta de um amigo meu, apaixonado, que sempre estava comigo. Eu não queria vê-lo sofrer... E por isso perdia chances e tempo...

      Porém um dia minha mãe comentou comigo que ele malhava na mesma academia que ela. “É a minha chance” pensei. E lá fui eu fazer a matrícula com o pretexto de me manter em forma.

Era o início de uma nova fase. Marcamos para sair e nos beijamos longa e pacientemente. Nada nem ninguém mais nos atrapalharia. Não conseguíamos ficar sem nos ver um dia sequer, mesmo eu afirmando que estávamos apenas ficando, pois morria de medo de sofrer de novo. Mas, não demorou muito para eu me entregar de vez ao AMOR. Estamos juntos a pouco mais de um ano e noivos, prestes a nos casar, e até hoje experimento sentimentos inexplicáveis. E tenho certeza, sou correspondida...

O nome do “desconhecido”? Joaz de Souza

É claro que nossa relação foi cheia de olhares e sentimentos inexplicáveis, difíceis de descrever. Mas fica a dica: sempre que receber pequenos gestos que te façam sentir-se bem, não dê outro nome a isso, senão AMOR. Pois ele é uma reunião de gestos e não de palavras ou coisas extraordinárias. Não fique esperando coisas extraordinárias acontecerem para valorizar o AMOR. Pois ele vem sempre de mansinho nas coisas mais simples.


14 de Julho de 2008,
Com muito AMOR.

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