Abro meus olhos para o grande dia
e choro por desconhecer,
não saber que chegou minha vez,
pois o véu se rompeu e a nova vida surgiu.
Diante desta fragilidade se deu a nova transformação.
Já estava escrito nas entrelinhas
a escalada por mim escolhida.
Naquele momento, desconhecia o que estava por vir,
era tudo belo, estranho e imaginário.
Pessoas me cercavam de todos os cuidados.
ao passar os dias, semanas, meses e anos,
Desligava-me um pouco mais do cordão umbilical.
Estava me esforçando para ter minha própria vida,
querendo deixar minhas próprias pegadas.
o arsenal de que precisava estava todo ali,
foi preciso arregaçar as mangas e partir para a batalha,
passando por terra firme, surgiram as curvas, crateras, montanhas,
eram obstáculos que só eu poderia transpor.
Precisei da coragem e fidelidade para avançar nessas trincheiras,
era minha vida que estava em jogo,
meu destino mudara,
pois não era esse que eu esperava,
mas, sim, o que me levava ao aperfeiçoamento necessário.
Tive que aprender que aquele momento
era tudo de que precisava.
José Cadilse de Luna Cabral Filho
(Nasci em 11 de julho de 1965, em Pirajuí, estado de São Paulo.
Desde os 5 anos fiquei internado na A. A. C. D. em São Paulo,
pois sou portador de deficiência física.
Durante os seis anos em que lá permaneci, tive oportunidade de participar
e assistir peças de teatro, e tomei gosto pela leitura.
Fiz o colegial em Marília onde moro desde 1983.
Comecei a escrever poemas em julho de 2001 no computador.
Sou membro ativo da Associação dos Poetas e Escritores de Marília – APEM.)
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